Por todos e por cada um
Jesus era seguido por multidões. Os discípulos, aos quais
Ele mesmo escolheu, receberam ensinamentos vindos diretamente de Deus. Suas
palavras, seus atos e ações deixaram transparentes os princípios que fundamentam
e caracterizam o verdadeiro amor e justiça divina.
Diante das maravilhas que eram operadas por Ele e pela profundidade de suas palavras, multidões eram saciadas ante sua presença. Porém, como é característico numa hora de risco, a primeira coisa que vem à mente é a fuga, uma vez traído por Judas Iscariotes, todos se debandaram, e Ele, Jesus de Nazaré, se viu sozinho na multidão.
No dia de Seu sacrifício, o Filho de Deus, que por amor de nós e pela vontade do Pai, não veio em forma Divina – Fp.2:7. Sob as mãos daqueles que o haveriam de sacrificá-lo, padeceu e, pela legalidade preestabelecida por Deus, como ovelha muda venceu a morte pela morte. Mas, sozinho!
O sacrifício de Jesus, agora, o Cristo, foi para que nele, e por meio dele, todo aquele que nele crer tenha vida eterna e para que nenhum de seus servos fique só, mas sim, viva em comunhão. "E dele temos este mandamento, que quem ama a Deus ame também a seu irmão" - I Jo 4:21.
No Antigo Testamento todos os sacrifícios foram momentâneos. No Novo Testamento, Jesus é o sacrifício eterno, sua salvação abrange o passado, o presente e o futuro. Nele está a salvação do homem e a determinação para o prosseguir de sua jornada através da eternidade.
No ato de Seu sacrifício Jesus esteve só. Ele morreu por todos e por cada um. Por isso, toda vez que negligenciando sua ordenança, e, de maneira insensível deixamos alguém sozinho, em miséria e sofrimento, negamos seu sacrifício e, assim, nos tornamos ainda mais dignos de culpa.
Geraldo ESTEVÃO
Terça-feira, 04 de abril, 2023 | 13 Nissan, 5783